EDUCAÇÃO AUTOFÁGICA

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Ficamos pensando hoje sobre uma questão, entre muitas, que nos incomodam no sistema escolar brasileiro e queríamos compartilhar com você. Não é de hoje que a escola se afastou da vida real e criou um mundinho totalmente dela e para ela. O resultado disso é que não se aprende coisas para a vida e um oceano se estabeleceu entre a escola, e a vida. Aprender a resolver conflitos, se colocar no lugar do outro, criar ou inovar, ser protagonista, independente, sustentável, ou ainda tomar decisões, as melhores é claro, e agir e interagir para melhorar sua casa, comunidade ou país, por estarem do lado de fora dessa escola autofágica, não são desenvolvidos e todos perdemos muito por causa disso.


Para quem não lembra o que é autofagia, nos ensinaram isso na escola!!!! É uma palavra de origem grega (auto = eu e fagia = comer) que significa “comer a si mesmo”. Isso pode ser muito importante para uma célula, mas para qualquer instituição, ou para o desenvolvimento cognitivo humano, não. A escola é para a vida e não para a própria escola, para seu sistema, suas avaliações, seus arquivos ou qualquer outro documento confinado. No entanto, a realidade muitas vezes é essa e o que resta dessa separação, escola e vida, que temos visto ao longo de décadas de trabalho em escolas e instituições universitárias e, logicamente, não deixa de ser importante, é memorizar nomes das partes do corpo, das plantas, saber o que são planícies e planaltos, quem descobriu o Brasil, “montar” continhas de vezes, trabalhar com fórmulas e conceitos… O triste é que muitas vezes essas informações nem fazem sentido, ou pouco são conectadas e usadas na vida real.

Vivemos em um cenário em que a educação pode fazer toda a diferença, e deveria fazer realmente. A escola, lugar de educação, precisa ser um meio de aprender a desenvolver competências, mudar a vida, nos tornarmos pessoas melhores e mais responsáveis e sustentar o planeta. A escola precisa ser útil, significativa e responder as demandas dessa vida tão complexa, caso contrário, o que resta? Para que serve e a serviço de quem está? O que você pensa sobre isso?